Festival tanto mar revisita Ondjaki e Brasil

Tem início hoje, quinta-feira, dia 7 de março, pelas 21h30, a primeira edição do festival dos países falantes do português, o Tanto Mar – Festival Internacional de Artes Performativas de Loulé, no Cine-Teatro Louletano, com a apresentação da peça “Kangalutas”.

A partir do texto de Abdulai Sila com adaptação, encenação e direção artística de João de Mello Alvim, membro da associação de artes performativas Folha de Medronho, a peça é uma coprodução entre aquela estrutura e o Grupo de Teatro do Oprimido (GTO) da Guiné Bissau e nela participam as atrizes guineenses Edilta da Silva e Elsa Maria Ramos Gomes (GTO), e Alexandra Diogo da associação portuguesa.

Trata-se de um drama e de uma comédia que retratam uma faceta pouco (re)conhecida de uma passado ainda presente, vivido por muitos guineenses e portugueses, no qual se misturam factos e memórias reais e fictícias, deles fazendo uma trama tecida em torno das vicissitudes do amor, feridas do passado e conflitos de interesses.

Amanhã, dia 8, sexta-feira, é a vez de subir ao palco a peça “Escuridão Bonita” uma adaptação de UMCOLETIVO – Associação Cultural, da estória do escritor angolano Ondjaki. Uma peça de registo intimista especialmente vocacionada para famílias.

Segundo UMCOLETIVO, “ A história é muito cheia de cheirinhos e sabores e abraços indolores. É uma história que se faz muitas vezes, a pouco e pouco, com poucas pessoas na sala. Acontece como uma música longa e em segredo, que interrompe o coração, e, por isso, chamamos-lhe ESCURIDÃO BONITA”.

“Desmontagem Evocando os Mortos – Poéticas da Experiência” é a peça brasileira prevista para o dia 10 de março, sábado, no âmbito deste Festival Internacional de Artes Performativas de Loulé. A peça refaz o caminho do ator na criação de personagens emblemáticos da dramaturgia contemporânea e constitui um olhar sobre as questões de género, questões que ocupam centralmente o trabalho da Tribo de Actuadores Ói Nóis Aqui Traveiz, companhia responsável por esta produção.

Categories: Cultura, Loulé

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